Sou como um rio
Revolta ou suave,
Conforme se quer.
Sou como um rio
Que corre para o mar,
Primeiro um fio de água
Que saltita docemente
De pedra em pedra.
Deixo que na minha água
Apaguem a sua sede,
Deixo que no meu leito
Se deleitem a brincar.
Quando cresço
A minha água,
Vira uma feroz corrente
E por ali e acolá,
Passo livremente.
Depois fico rebelde,
Com um poder impar,
Nem montanha, nem planície,
Nada me pode travar
Eu, tenho de passar.
E quando por fim
Avisto o mar,
Sinto uma tranquilidade
Fora do vulgar,
E suavemente vou
Abraçar-te Meu Mar.
25 Julho 2013
Isabel Oliveira