Tenho que fazer um tributo. Aos meus Pais.
Hoje em especial ao meu Pai.
Hoje ele fez 72 anos.
Espero sinceramente que viva muito mais porque preciso muito dele.
Sempre tive pelo meu Pai um sentimento diferente do que sinto pela minha Mãe que também Amo muito. O meu Pai era o meu refugio quando eu era pequena, dava-se de uma forma diferente e tratava-nos de uma maneira muito diferente da minha Mãe. Ela era a educadora, a castigadora. Tinha connosco uma forma de ser mais rude e o meu Pai era mais brando, mais calmo apesar do que tinha passado na guerra do ultramar. Podia ser uma pessoa revoltada (se foi nunca transpareceu para nós), podia ter ficado traumatizado (ficou mas fez-se esquecer e só nos contava coisas alegres da vida da guerra), podia ser violento, mas não foi essa a educação que o meu bisavó lhe deu criando desde os 4 anos, quando ele perdeu o proprio filho e o meu Pai o se Pai até ser um homenzinho.
Meu Pai.
Nunca achei que fizesse distinção entre mim e o meu irmão. Coisa que sempre achei que a minha Mãe fazia, ela prefere/ia o meu irmão, ainda hoje lhe perdoa tudo, a mim não perdoa nada. Para ela as mulheres tem de ser fortes e os homens são uns fracos.
Deu-me a vida o meu Pai e a minha Mãe. Ao meu Pai já o resgatei pelo menos duas vezes. Que Deus me toque com sua mão cada vez que seja preciso, e eu preciso do meu Pai. Ele ensina-me muito.
Quando passei por momentos dificeis na juventude foi no meu Pai e na minha Mãe, pensava no desgosto que lhes daria se tivesse certa atitude, foram eles que me resgataram varias vezes.
Por isso faço um tributo de agradecimento aos Meus Pais, que muito fizeram, fazem e se os deixarem ainda farão por nós. Faço um tributo de Amor e muito embora eles não venham á internet eu lhes farei chegar por outros canais.
Amo-vos.
Gostava de poder dar mais de mim, abraçar-vos mais como vos faz o meu filho, beijar-vos mais, rir mais convosco, desabafar mais, enfim, tudo mais. Porque a infancia passou a correr, a juventude foi irrequieta, a vida faz-nos correr, o tempo abranda um pouco quando somos pais também e se formam pontes entre nós porque temos coisas em comum de repente. Eu descobri a minha mãe nessa ponte, antes eramos quase rivais até que a maternidade nos juntou. Foi bom, mas pode ainda ser mais.
Como já disse espero viver até aos 100. Espero um dia ter a relação de Amor com o meu filho melhor que a que tenho com os meus Pais, mas espero mais que os meus Pais vivam com saude muitos mais anos e que eu esteja aqui para os amparar como eles fizeram sempre na minha vida.
Papi, te Amo.
