terça-feira, 19 de março de 2013

Ora cá está. - Dia do Pai

Depois de anos á espera que certos valores se revelassem pela positiva, ontém fiquei de boca aberta.
Todos os anos no dia da mãe fico á espera do miminho a que mãe que se preze tem direito ( se bem que o dia em que fui mãe foi o dia em que tive o meu filhote, mas se até há um dia para ser celebrado como sendo dia das mães é nesse que sempre fico expectante obviamente) e que ainda aconteceu enquanto ele andou na pré, porque quando passou para a primária só duas vezes em quatro anos é que ele trouxe alguma coisa. Eu ligo muito a essas pequenas coisas, ainda me lembro da forma como a minha professora primária dizia que os pequenos gestos seriam os mais recordados. Eu acho lindo esses gestos de ternura, de lembrança, de respeito.
Já o meu marido tem uma prespectiva diferente, não dá grande valor a nada, por vezes acho até triste não ter tradições de nada (por sua vontade não se celebrava nada), enfim. Ele acha que dar alguma coisa nesses dias é mero comércio, por isso nunca estimulou o nosso filho a ter esses pequenos gestos. Mas eu sei que ele fica deliciado quando o nosso filho (estimulado por mim, e pela agenda escolar que sempre teve lugar para o dia do Pai) lhe oferecia algo.
Eu todos os anos fico á espera dessa memória para o futuro, e nada; depois juro para mim mesma que no dia do Pai então não vai haver nada. Mas chega a altura e eu não consigo resitir e sempre compro um mimo.
Este ano o meu pimpolho já tem 10 anos, e a coisa já se vê de outra forma.
Então eu disse ao D: - Filhote que vais fazer este ano para dar no dia do Pai ao teu Papá?
Eu até já tinha comprado uma coisinha simples para ele dar, se ele fizesse um cartão que de longe é a coisa mais simples de fazer. Ele nisso saí ao Pai, parco nas palavras e sem imaginação para estas coisas por mais que eu o estimule e pior que isso preguiçoso.
Ao que ele laconicamente me respondeu: - Mamã, se não te dou nada no dia da Mãe, porque é que tenho de dar uma coisa ao meu Papá no dia do Pai?
Não vou insistir então. Ficou assim resolvido, não há mais dia do Pai. Resta é ver o que é que o Pai vai achar, mas parco como é nas atitudes e nas palavras se calhar nunca vou saber porque ele não vai dizer nada.
Ora cá está, toma e embrulha e leva para casa.
 
 
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