segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Varicela - Só faltava cá isto

Meu filhote está com Varicela.
Uma semana depois de muitos coleguinhas terem estado em casa com varicela, é a vez do meu pimpolho (aliás eu estava até admirada de ele ainda não estar, pois ele nunca tinha tido enquanto andava na escolinha), vai ficar sarapintado mas está até contente porque não tem de ir à escola, mesmo ficando de férias já amanhã. 
Por regra quando se tem em criança é mais fácil de curar, só espero que corra tudo bem.


Varicela (popularmente conhecida no Brasil como catapora) é uma doença infecciosa aguda, comum na infância, altamente contagiosa, causada pelo vírus varicela-zóster, também conhecido como HHV3 (do inglês human herpes virus 3). O herpes-zóster é uma doença da secundária, decorrente de uma forma reincidente tardia dos vírus da varicela que permaneceu dormente nos gânglios nervosos. A varicela é mais comum em crianças, enquanto a herpes-zóster é mais comum em adultos e idosos.

É altamente infecciosa, infectando a maioria das pessoas que nunca tiveram a doença e passaram mais de uma hora estudando na mesma sala que uma pessoa infectada ou que conversaram cara-a-cara com um infectado. A transmissão se dá por via aérea, em gotículas de espirros ou de tosse, ou pelo contacto com as lesões avermelhadas (exantemas). É possível a transmissão do vírus na fase zóster para crianças não vacinadas, o que dificulta muito a erradicação da doença.
Alguém com varicela começa a infectar outras pessoas cerca de um a dois dias antes das bolinhas vermelhas começarem a aparecer e continua infectando por cerca de cinco a seis dias até que todas as bolhas tenham formado cascas. A transmissão também pode ocorrer durante a gestação (da mãe para o feto) causando complicações para ambos.
A varicela é uma das várias doenças comuns na infância que geram lesões arredondadas e avermelhadas por todo o corpo (exantemas). As outras com sintomas similares são saramporubéolaroséolaescarlatina e o eritema infeccioso.
Os sintomas iniciais são:
  • Febre 37,5°C e 39,5
  • Mal-estar
  • Falta de apetite
  • Dor de cabeça
  • Cansaço
  • Lesões avermelhadas na pele
As lesões avermelhadas na pele, seu sintoma mais característico, aparece entre um ou dois dias depois da infecção quando surgem por todo o corpo e que conforme os dias passam vão virando pequenas bolhas cheias de líquido. Eventualmente essas bolhinhas formam uma crostas que provocam muita coceira, mas que diminui o risco de transmissão.
A maioria das crianças e adultos se recuperam em algumas semanas apenas descansando e bebendo muita água, mas alguns casos envolvem complicações como:
  • Pele mais vermelha
  • Dor no peito
  • Dores nos locais lesionados
  • Dificuldade de respirar
Nesses casos é sinal que as lesões infeccionaram e precisam de acompanhamento médico para administrar um antibiótico adequado.
Cerca de 5-14% dos adultos com catapora desenvolvem problemas pulmonares, como pneumonia, especialmente fumantes.
Durante a gravidez
Complicações são especialmente problemáticas em grávidas e recém-nascidos. Quanto mais cedo na gravidez for a infecção, maior o risco para o feto de desenvolver má-formações, porém mesmo cedo o risco dificilmente afeta mais que 2% dos fetos de grávidas com catapora. Já após o 5 mês pode ocorrer parto prematuro. Caso um recém-nascido seja infectado a catapora costuma ser mais grave. 
Baixa imunidade
Quem possui um sistema imunológico muito debilitado pode ter como complicações:
Pessoas que tomem medicamentos para doença autoimune ou para câncer ou que tem AIDS são particularmente vulneráveis a complicações.

Progressão

Bolha de catapora no sétimo dia.
O vírus entra no corpo pela via respiratória ou pela conjuntiva do olho, multiplica-se e dissemina-se pelo sangue, até a pele. O período de incubação até o surgimento das pústulas é de cerca de 21 dias.
As erupções maculopapulares ou exantemas são seguidas de erupções vesiculoeritematosas muito pruriginosas (ou seja, pústulas que causam comichão). As pústulas apresentam-se com base vermelha e cúpula transparente ("gota de orvalho em pétala de rosa"), com cerca de 3 milímetros de diâmetro. Várias gerações de exantemas surgem durante cerca de 4 dias, com vários estágios em diferentes áreas da pele simultaneamente (ao contrário da varíola). Os exantemas são mais frequentes na região torácica, mas podem aparecer em todo o corpo, incluindo no couro cabeludo e na mucosa oral.
A varicela é geralmente inofensiva, exceto em doentes com imunodeficiência ou em neonatos, em que pode causar infecções do cérebroou do pulmão potencialmente mortais. Nos adultos, os sintomas são mais sérios e a doença mais perigosa, podendo levar à ocorrência de pneumonia intersticial (em 20% dos casos adultos ou na adolescência). Existem casos em adultos com problemas renais onde a doença pode-se agravar causando falha renal. A Síndrome de Reye é uma complicação incomum que aparece em quem tomouaspirinas ou remédios similares durante a infecção e causam lesões ao cérebro e fígado.

Herpes-Zóster

O vírus da catapora é da mesma família que o herpes, ou seja Herpetoviridae.
Durante o episódio de varicela, geralmente na infância, alguns vírus invadem os gânglios nervosos espinhais e/ou dos nervos cranianos, onde permanecem na forma latente, sem se multiplicar e sem causar danos ou sintomas.
Muitos anos depois, tipicamente na velhice, o envelhecimento do sistema imunitário leva à moderada imunodepressão, e o vírus é reativado. Contudo, a imunidade adquirida pelo indivíduo é ainda suficiente para impedi-lo de causar novo episódio de varicela sistêmica. Em vez de estender-se pela epiderme, o vírus limita-se a multiplicar-se nos nervos sensitivos da raiz espinhal onde foi reativado, resultando na zóster. Esta é uma condição extremamente dolorosa cutânea, que se limita à faixa da pele (dermatoma), bem delimitada, inervada pelo nervo sensitivo afectado. A pele apresenta-se extremamente sensível ao toque, com dores, e máculas vermelhas infecciosas semelhantes às da varicela. Em cerca de 30% dos idosos afetados, alguma dor pode persistir após resolução da infecção, devido aos danos causados nos nervos sensitivos.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito principalmente através do quadro clínico-epidemiológico. O vírus pode ser isolado para análise retirando exemplares das lesões vesiculares durante os primeiros 3 a 4 dias de erupção. A detecção do DNA viral pode ser feita por PCR. A detecção dos antigénios virais ou de anticorpos específicos pode ser feita por imuno fluorescência.
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