sábado, 14 de janeiro de 2012

Palavra de conforto

Estava aqui a pensar nas pessoas que estão doentes por estes dias, o meu marido também esteve doente, teve uma Conjuntivite bacteriológica Grave e Muito Contagiosa, graças a Deus tomamos todos os cuidados e mais ninguém está com sintomas. Mas o que me leva a escrever é o facto de quando estamos doentes ficamos tão dependentes de outros. No caso do meu marido ele nem conseguia abrir os olhos, nem estar onde houvesse luz, estava dependente para colocar a medicação e tudo o resto de actividade diária. É terrivelmente frustrante quando se fica numa situação assim tão dependente. Não estou a falar de dependente por se tratar da visão; porque os cegos são na sua maioria pessoas extremamente independentes; refiro-me á dependência em caso de doença quando se vive só. Uma pessoa que viva só deve ter uma sensação indiscritivel quando se sente doente e sem qualquer amparo. As pessoas casadas, ou com familiares em casa reclamamos, resmungamos com eles (os nossos parentes) quando estamos doentes e ainda assim eles cuidam de nós. Dão-nos a medicação, amparam-nos na debilidade, fazem tudo por nós e nós tão poucas vezes somos agradecidos. Uma pessoa só, que não tenha amigos ou pessoas próximas para ir lá a casa fazer um chá, comprar um pão à padaria, fazer uma simples refeição, que quando se está doente tem de comer; se não se tem alguém deve ser difícil. Eu conheço pessoas verdadeiramente sós que nem imagino sequer como fazem nessas situações. E é para essas pessoas deixo aqui uma palavra de conforto e coragem e admiração pela coragem e apenas posso dizer que quando precisarem não tenham receio falem aos vizinhos, aos amigos que tenham, e não se isolem ainda mais. A solidão não é boa amiga. A todos desejo as melhoras.
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