quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Dias

É Dezembro, é Natal, mas por cá vivem-se dias negros, frios, tenebrosos. Quando falta saúde, falta tudo; quando falta trabalho, falta tudo; quando falta o mais importante não se consegue ter o essencial que é a Paz e a Alegria.
Sim por cá vivemos dias assim, tristes, e dolorosos.
 
Falta saúde. Meu Pai continua a ser tratado no IPO, está aparentemente a correr tudo de acordo com o previsto, foi ontem internado pela terceira vez. Não virá passar o Natal a casa, mas isso até nem é o mais relevante se for para que a saúde se restabeleça. E parece que está a correr bem.
 
Agora tenho o meu sogro (da mesma idade do meu Pai) internado também. O caso dele é mais complicado, tem imensos problemas, já foi submetido a uma intervenção cirúrgica à 4 anos ao coração que deixou algumas sequelas, é diabético, sempre foi uma pessoa pouco ativa mas agora até a mobilidade está mais reduzida. Esteve 31 horas na urgência para fazer exames e mais exames, não conseguem determinar o que tem, e só depois de reclamarmos é que foi internado, mas continuam a não saber bem o que tem, para já está a ser tratado a um infeção respiratória mas o resto dos problemas nada foi feito.
 
E é assim, não existe alegria, não existe paz, não há dinheiro que pague a falta da saúde.
 
Mas o tempo se encarrega de nos lembrar que este mundo além de perdido não é para nós, que estamos aqui só de passagem. Custa muito quando ganhamos consciência de quão ténue e fugaz é a nossa vida. Custa saber que viver 70, 80 anos e depois mais nada. Dói ter tanto para viver e não puder. Maldita consciência. O que nos vale é pensar que existe mais para além desta existência, temos de acreditar que sim.
 
Faz hoje também um ano que faleceu a irmã do  Pai a minha tia Maria. Dezembro está a tornar-se um mês demasiado pesado.
 
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