Estes dias estávamos a falar cá em casa sobre o facto da nossa chaleira estar a dar as últimas - as coisas já não duram como antes.
E de repente o meu marido fez questão de me perguntar irónicamente divertido se eu queria que me desse a dita pelos meus anos.
Sim faço anos para a semana, quantos? (isso agora não interessa nada - como diria a nossa querida Teresa Guilherme).
Importava que nos estávamos a rir da mesma coisa - coisa rara mas não impossivel; de um artigo que saiu um Domingo destes não posso precisar quando mas escrito com o humor acutilante do Paulo Farinha editor executivo e escritor da crónica "Isto não é o que parece" da Revista Notícias Magazine do Jn, revista que eu adoro e faço questão de ler todos os Domingos e nos dias seguintes porque a guardo para ler durante as semanas seguintes dado a riqueza dos artigos.
A crónica era sobre uma Bimby que era a prenda. E estava tão bem retratada a conversa que fazia todo o sentido e senão leram deviam mesmo ler, é mesmo divertido.
Quanto ao meu marido a resposta que ouviu foi: "Até pode ser. Mas, sendo assim podes juntar à chaleira, uma torradeira/tostadeira, uma fritadeira e já agora uma batedeira pois as que tínhamos já foram".
12 anos já é algum tempo e os eletrodomésticos realmente já não aguentam como antes.
Ele riu e riu. E é claro que tal como a personagem da cronica do Paulo eu não quero um eletrodoméstico como prenda de aniversário mas também não quero o meu marido a comprar nada pois ele quase nunca acerta no que eu gosto nem no que eu preciso, por isso mais valia ele dizer-me:
- "Aqui tens querida o meu cartão de crédito para renovares o guarda roupa." Isso sim seria o presente perfeito para qualquer mulher, mas nós cá por casa não temos cartões de crédito, muito menos dinheiro na conta para gastar assim em algo tão supérfulo verdade seja dita.
De facto fica uma duvida, então querido o que é que me vais dar?
É retórica. Não te rias.
