sexta-feira, 3 de outubro de 2014

RIP/DEP

Soube ontem que partiste. Fiquei triste.
Não, emigraste, não partiste. já tinhas alguma idade. Falei contigo uma meia dzia de vezes, e pela ultima vez disseste que uma grande verdade o destino de todos é o mesmo. 
A tua partida, disseste:" é eminente!"; sim estavas muito doente. E confirmou-se. Partiste ontem.
Viveste a tua vida como foi possivel, não te conheci bem mas soube que tiveste uma vida boa.
Tiveste a tua parte.
Sabes fiquei a pensar no tanto de coisas que ainda não vivi. E sabes a que conclusão cheguei que não vou viver nada daquilo que tanto sonhei. Viajar, conhecer, divertir-me.
Tantas vezes digo vou alí, e depois acabo por não ir. Queria fazer isto e aquilo, mas o tempo parece que foge e não faço.
Antes era compreensivel não fazer certas coisas que tantas vezes sonhei, era caro, não tinha quem me acompanhasse, mas agora com tanta globalização e com familia companhia já teria, e é de lamentar não ir, não fazer, não viver.

Penso também que será que depois a titulo postumo vão viver os meus sonhos por mim? Se assim for desculpem mas acho melhor deixar escrito em testamento que não permito.
Não permito que vão a Paris por mim,
Não permito que vão a londres por mim,
Não permito que vão pelo nosso Portugal e pela Espanha a todos os lugares lindos  que vi outros irem divertirem-se e que eu não irei ver.
Não permito nada disso e também me recuso a ir velha e decrepita tentar realizar estes sonhos.
Não gostaria de ir sozinha, agora saber que nunca irei, pior.

Eu sei que se calhar estou um bocado stressada, revoltada com a vida. 

Descansem em paz todos os que têm partido, acredito numa outra dimensão onde tudo o que se vive aqui lá não existe senão paz e serenidade.
RIP /DEP
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