quarta-feira, 14 de setembro de 2011

De volta a escola - vamos tentar poupar

A escola já vai começar, por estes dias os pais já estão a fervilhar com os gastos que vão ter com os manuais, materiais, e tudo o que os miúdos e os mais graúdos precisam para a entrada e reentrada na escola. Mas não vale a pena sofrer por antecipação, aliás esse é um dos segredos para poupar; comprar somente o que realmente precisa e quando precisa.

De ano para ano os materiais mudam, bem como as matérias, bem como o tamanho das crianças, os seus gostos e preferências. As grandes superfícies começam muito cedo a bombardear com campanhas apelativas, mas lembre-se que só depois de a escola começar é que os professores vão disponibilizar a lista com os materiais que devem adquirir. Se esperar, já vai poupar porque evita a compra de coisas desnecessárias. Tenha em atenção que as marcas, nem sempre simbolizam qualidade mas se tiver duvidas pergunte ao professor o que recomenda pela sua experiência. No entanto certas crianças derretem tudo, literalmente, e não existe nada que lhes resista; se o seu filho for assim então pondere antes de comprar: se muita quantidade, se mais qualidade.

Deixo aqui algumas dicas para o regresso às aulas:

- Leve os seus filhos quando for às compras, estipule com eles um valor para gastar para cada um, dê-lhes a lista e deixe-os fazer as contas, assim eles passam a ter ideia do quanto custa cada coisa.

- Coloque sempre para escolha dois produtos, um económico e um da escolha deles e depois explique porque são diferentes, verá que em maior parte das vezes eles irão escolher o mais económico.

- Sempre que puder evite comprar marcas. Porquê? Mesmo em turmas equilibradas existem sempre crianças menos afortunadas ou mesmo até invejosas que acabarão por estragar deliberadamente ou até furtar algo que foi adquirido com carinho e muitas vezes com sacrifício e que depois é muito difícil reaver ou recuperar do estrago. Além de que fora da escola evitam ser potenciais alvos.

- Geralmente os professores pedem cadernos de capa preta que até são os mais económicos, mas se os miúdos dizem que não gostam, pode sempre sugerir que eles os personalizem com desenhos ou colagens; ou pode até fazer capas em tecido assim como esta:



E até pode fazer um estojo a condizer.


Não se preocupe se não tiver máquina de costura, eu também não tenho, nem sei coser á máquina por isso fiz tudo á mão. Ficou bem bonitinho. Parece complicado fazer mas não, até foi fácil, dá um bocadinho de trabalho mas o resultado compensa. Neste caso fiz em tons xadrez castanho com amarelo num tecido bem velhinho mas que condiz com a mochila do meu filho que é castanha. Estas capas protegem os cadernos melhor do que as de plástico e tem a vantagem de se poderem lavar e passar. Esta não tem enchimento mas já vi umas capas bem bonitas, cheiinhas com material próprio, só que para isso eu ainda tenho de treinar bem mais as agulhas. Quem sabe mais para a frente.

- Para os miúdos que andam no 1º ciclo no primeiro trimestre reenvie o material do ano anterior para acabar e só quando for acabando renove pelo novo.

- Faça um pequeno stock em casa de borrachas, lápis e esferográficas que são os materiais que mais se consomem sendo você a gerir a reposição dos mesmos. Evite os materiais de origem duvidosa ou com cheiros muito intensos tipo os que se encontram nas lojas tipo “300” ou “chineses” que muitas vezes são feitos de materiais tóxicos; nem caro, nem barato demais.

- Mochilas.

A mochila a escolher tem em primeiro lugar: de ter estilo, ser bonita. Errado!

1º A mochila deve ter espaço adequado para os materiais que nela vão andar diariamente.

2º Deve ser adequada ao tamanho da criança.

3º Leve, resistente e fácil de lavar.

4º Confortável no transporte com apoios.

5º Deve ter espaço para a lancheira.

E só no fim é que vem o aspecto. Se a mochila do ano anterior ainda está boa porquê comprar uma nova agora. Faça o seu filho ver que com o dinheiro de uma mochila nova - que não precisa agora - pode poupar para um objectivo que queira atingir. Por exemplo com o meu filho, o compromisso foi um skate novo que custa 36€ +/-, mas que nesta altura está fora de questão - é óbvio - assim o que ele conseguir poupar vai reverter para esse objectivo, e se em Novembro - que é quando ele faz anos - o valor estiver próximo quem sabe se não vai ser a sua prenda de aniversário. (Ele já poupou 11€.) É preciso saber negociar.

- É indispensável a roupa para o desporto todos os anos, eles estão sempre a crescer. Eu sou inteiramente a favor que os miúdos se mexam, já chega muitas vezes chegarem a casa e terem de ficar parados no sofá porque a rua é muito perigosa. Que se mexam na escola lá tem o espaço ideal para tal; mas para isso os pais tem de se mentalizar que os miúdos precisam de roupas adequadas ao desporto. Calças, camisolas, casacos, sapatilhas próprias para isso. E um saco para transportar as coisas, não precisa de ser um saco grande e caro, mas também não mandem um saco de plástico das compras. Acreditem eu vi, e muitas vezes e acho que não havia necessidade de chegar a tanto. Um saco pequeno para desporto pode ser adquirido por exemplo numa grande superfície desde 5€ (5€ foi quanto custou o do meu filho o ano passado e ainda está impecável, o anterior tinha dois anos e ainda o usamos para a praia); na feira ou nos mercados de rua os valores variam entre 4€ e 7€, e se bem tratados duram bons anos.

- Ténis / sapatilhas o que comprar? Conforme a actividade que vai praticar questione no ponto de venda o mais adequado ao desporto que ele vai praticar, mas não escolha logo o primeiro modelo que vir, faça o seu filho calçar, caminhar, saltar e pular se for necessário; porque as vezes eles gostam mais do aspecto ou da marca dos ténis do que do conforto e mais tarde vem a queixar-se de que lhes doem os pés quando fazem desporto. Nem todos podem comprar Addidas, Nike, Puma ou outras, mas pode adquirir a marca da casa que pode muitas vezes ter uma qualidade já bastante satisfatória e um preço bastante acessível.

Seja como for pense no bem estar do seu filho/os mas sem ir á loucura de pensar que lhes está a faltar com algo fundamental, nestes momentos de crise futilidades não podem existir e tem de lhes fazer entender isso; eu sei, nem sempre é facil, mas não existem muitas alternativas pois não?
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