Viver no limbo é viver na inconstância, doí e não é viver.
Perder alguém é algo extremamente
doloroso.
Se é uma perda abrupta dói como se alma nos tivesse sido
arrancada e fica para sempre o sentimento de vazio.
Mas quando se sabe que alguém vai partir, é doloroso,
tortuoso, pois contam-se as horas os minutos que se vive junto. Acompanha-se a
pessoa na ânsia de um erro no veredicto, sorve-se tudo com um sentimento de
dor, perda, conquista e mais dor.
Estar preparado, informada da perda não mitiga a dor, pelo
contrário inflama a resistência de aguentar mais um bocadinho, aguentar firme, ninguém
consegue ter a resistência total. O pensamento encontra forma de se resignar
pois nada mais há a fazer mas a alma, o coração arde e luta com todas as forças
resistindo ao máximo das suas forças levando quem espera à exaustão.
E como
estamos exaustos.
As lágrimas ora sufocadas, ora caem em cascata, ora rasam os
olhos. Significam a dor de sentir a perda a dificuldade em aceitar a forma da
partida, significam as lembranças dos momentos vividos e dos que ficam por
viver, essas lágrimas significam a nossa impotência.
Anuímos, conformamos a nossa alma mas quando chegar o
momento a dor virá na mesma, e sempre que a memória nos lembrar, pois quando se
ama e se perde nunca se esquece verdadeiramente.
O meu Pai descobriu que tinha Leucemia Mielóide Aguda Cronica ano passado a 26 de Outubro, passamos um mau bocado, andamos a viver em suspenso desde então e estava estável. Agora desde dia 07 de Novembro o mundo colapsou quando ele ficou com o Sistema Nervoso Central literalmente invadido.
Debilitado como estava isto foi o pior que podia acontecer. É algo raro, muito raro mas aconteceu. E o mundo está cada vez mais triste para nós porque ele tem estado a viver no limbo, umas vezes do lado de cá, outras vezes aprisionado do lado de lá. E custa tanto vê-lo assim. Não sabemos o nome da doença que o está afectar porque os médicos também não sabem, e na verdade as vezes não interessa saber o nome do que nos magoa, mas também não saber fica a duvida do que poderia ser feito para poupá-lo. Meu Pai, ninguém merece ter um fim assim. Ele tem lutado como sempre lutou para tudo e ainda não está derrotado, é já vencedor.
O meu Pai descobriu que tinha Leucemia Mielóide Aguda Cronica ano passado a 26 de Outubro, passamos um mau bocado, andamos a viver em suspenso desde então e estava estável. Agora desde dia 07 de Novembro o mundo colapsou quando ele ficou com o Sistema Nervoso Central literalmente invadido.
Debilitado como estava isto foi o pior que podia acontecer. É algo raro, muito raro mas aconteceu. E o mundo está cada vez mais triste para nós porque ele tem estado a viver no limbo, umas vezes do lado de cá, outras vezes aprisionado do lado de lá. E custa tanto vê-lo assim. Não sabemos o nome da doença que o está afectar porque os médicos também não sabem, e na verdade as vezes não interessa saber o nome do que nos magoa, mas também não saber fica a duvida do que poderia ser feito para poupá-lo. Meu Pai, ninguém merece ter um fim assim. Ele tem lutado como sempre lutou para tudo e ainda não está derrotado, é já vencedor.