É verdade o Verão começou hoje. Tanto ansiamos (a maior parte de nós) pela chegada desta estação. Significa para muitos a chegada das ferias e do merecido descanso. Para muitos outros um aperto forte no peito e uma dolorosa recordação.
Assim é para quem tudo perdeu nesta época, para quem sofreu na sua pele a dor maior. Todos os anos parece que algo terrível nos espera.
Tragédias assim com fogo lembro daquele incêndio na Grécia, do acidente na África do sul, com perdas humanas e não humanas, perdas materiais e . Depois existem as memoria da Madeira em chamas, do Gerês, da Guarda, na Serra do Caramulo, Serra de Sintra e na Chamusca.
Mas quando fenómenos dantescos brutais como este de Pedrogão Grande em que se perdem tantas vidas pela incapacidade de organização no terreno, não é só de lamentar, é de temer porque a época ainda está a começar.
E ainda há que ver a situação das vitimas em praias, piscinas e rios com ou sem vigilantes, que todos os anos matam impiedosamente.
Não doí a quem está longe pois não sente nada de especial mas começa a incomodar quando a morte tem rostos e nomes, aí fica difícil contornar.
64 MORTES
António Lopes e Augusta Ferreira.
Sara Costa.
Alzira Costa.
Fernando Silva, o filho pequeno, Luís, e sua mulher.
Miguel
Costa, Mafalda Lacerda, António e Joaquim.A madrasta e o pai de Miguel Costa.
Sara Antunes
Maria Cipriano e Manuel Almeida.
Fernando Abreu, bem como a mulher e os pais.
Eliana Damásio; António Nunes, Nélson Nunes, e Paulo Silva.
Sérgio Machado, Lígia Sousa e dos dois filhos.
Vítor.
Gonçalo Conceição.
Um cidadão francês de acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros do país.
Rodrigo, e do tio, Sidel Belchior.
Bianca, a avó, Odete, Gina a mãe de Bianca.
Susana Marques Pinhal e as duas filhas, Margarida e Joana.
José Maria e São Graça.
Uma mãe e os dois filhos.
Ana Henriques e Ricardo Martins.
Jaime e Fátima Carvalho.
Dª Felismina.
Luciano Joaquim.
Afonso Conceição.
Mário Carvalho, e o sobrinho Diogo Carvalho.
Cristina e Eduardo Costa.
Vasco e Luísa Rosa e o filho.
A todos que de uma forma ou outra se encontram toldados pela dor da perda de alguém familiar, conhecido, amigo, perda de bens materiais, perda de animais de estimação ou de sustento, perda de tudo o que reuniram numa vida pois o fogo e a inundação são como ladrões que nos assaltam durante a noite. Muita Força.
A todos os que participam e nos protegem nestas ocasiões: profissionais, voluntários, pessoas incomuns que se agarram no momento para salvar vidas. Bravo.
Minhas preces estão convosco, rezo por vós e por todos os que estão em risco.
E independentemente de tudo isto se dever ou não a causas naturais (ainda se vai apurar a verdade de tudo), a verdade vem ao de cima e justiça terá de se fazer caso seja assim, senhores governantes é preciso aplicar a teoria e por em pratica - JÁ! Antes que seja tarde demais.
Não esquecer estas vidas.
